(1710 1772)
Segundo Brandão & Cardoso (1993), Romão Gramacho
nascido em Oliveira dos Campinhos, Santo Amaro, foi um grande proprietário de
terras na região do atual município de Jacobina. Em 1755 ele descobriu ouro no
morro denominado Palmas, conforme participou ao governador, em carta datada de 25.01.1756.
De acordo com Cunegundes (1999), Romão Gramacho Falcão foi
um bandeirante que, com o intuito de descobertas, partiu da região de Jacobina,
internando-se no território de Morro do Chapéu, onde descobriu o rio ou vereda
que tem o seu nome e desemboca no rio São Francisco, com a denominação de rio
Jacaré.
Honório
de Souza Pereira (1889) relata que esse
bandeirante, por suas artes mágicas, era considerado um Anticristo, que iludia
o povo tolo fazendo-o crer em suas façanhas. Os vestígios da passagem desse
desbravador pela vereda que tem o seu nome estão no local denominado Presídio,
onde existe uma junção de pedras, indicando que o mesmo fez, ou pretendia
fazer, uma grande represa.
Segundo
Teixeira (1998) a história da mineração de salitre tem na figura de Romão
Gramacho Falcão um grande símbolo. Tanto que em torno de sua biografia, cria-se
uma zona que remete aos mais arraigados símbolos do poder terreno, vindos da
Idade Média: o pacto com o Diabo em busca desse mesmo poder.
Segundo esse autor, o misticismo em torno de Romão Gramacho, tem tudo a ver com a lenda que inspirou o escritor Goethe na redação de Fausto (homem que vende a alma ao Diabo em troca de juventude, e que depois de velho resolve desfazer o pacto). Romão Gramacho possuía minas de salitre, muito rentáveis por ser o insumo básico para fabricação de pólvora. Quem tinha mina de salitre, tinha o poder militar. Desse modo, ainda segundo Teixeira, o pacto com o Diabo envolveria o poder sobre a guerra: como fazê-la e ganhá-la.
No livro Caminhos do Sertão consta, na pagina 53, que em 1751,
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